November 14, 2019

#tbt eu de camiseta azul e boné branco me arrastando logo depois do portão de Brandenburg na Maratona de Berlim 2016. Daí até a chegada são 400m e foi minha pior experiência em maratonas. Berlim foi minha 4a maratona e eu corria só ha 2 anos. Eu queria aumentar a km, então o foco foi nisso. Treinei MUITO naquele ciclo, com um volume bem alto. Todas semanas acima de 70km e 6 delas acima de 100km. Grande parte era treino leve, só para dar volume. Até q deu certo e não tive nenhum problema. O objetivo na época era 3h30, que bati só agora em Buenos Aires, na minha 11a maratona 🤣 A prova começou razoavelmente bem (sempre começa 🙄). Passei a meia no target, em 1:44:44. A partir daí a coisa começou a desandar. Esquentou muito e comecei a fazer muita força pra manter o pace. Acreditando no treinamento (um bilhao de kms 🤣🤣) e que aguentaria até o fim, continuei na pegada, com o ❤️ na boca. Até chegar o km38. Sol e 23 graus, bateu o teto preto! Parei de correr, comecei a cambalear e quase desmaiei.. continuei andando sem ver nada por uns segundos. Esse dia foi louco. Daí até o km 41 foram intermináveis anda e corre, e consegui só manter o trote sem parar no último km, igual a passagem do vídeo, onde estou no pace 7. Acabei fechando em 3h41 e foi o maior alívio em terminar uma maratona que já senti. Essa prova me ensinou muito!!! Senti que fez mal demais pro meu corpo. Meu coração ficou esquisito algum tempo depois e voltei a correr bem mais ou menos só depois de quase 1 mês. Fiquei meio traumatizado e passei a respeitar demais a distância. Isso me atrapalhou muito nas maratonas seguintes. Passei a correr as maratonas no trote, sempre com medo de quebrar. Demorou várias provas até que eu ganhasse confiança e corresse uma maratona pra valer.

# instagram # 2019 # video